segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O Eco do Silêncio II

"Não existe uma voz igual à outra e saber disso me ajudou a entender que aquilo que é útil para uma voz não necessariamente é para outra. Assim como trabalho em sintonia com meu corpo, sem desejar outro, devo reconhecer e aceitar o som da minha voz, com sua especificidade e suas inflexões naturais, sem achatá-la, forçando-a a alcançar rapidamente resultados úteis em cena" Julia Varley

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O Eco do Silêncio

"A voz é misteriosa, seus limites não se tocam nem se deixam descrever, viaja perto e longe, ri e chora, senta-se e voa. Pertence a um espaço que se encontra entre quem fala e as outras pessoas; entre as estrelas, às quais nos dirigimos para nos orientar, e nós mesmos. As variações da voz são ilimitadas. É possível imaginar a forma de um "passo de guerreiro", mas uma "voz de guerreiro" tem uma gama de possibilidades tão ampla, que é problemático delimitá-la. A voz tem tons, cores, timbres, ressonadores, harmônicos, direções, pausas, tremores, trilos e glissandos, musicalidade, ar, corpo, volume, amplidão; a voz vibra e preenche, aumenta ou torna íntimo o espaço. Os ressonadores e o volume do corpo, as cavidades da boca e do nariz, a forma da cabeça, a posição dos dentes, o tamanho da lingua influem na qualidade da voz. Os detalhes que constituem a particularidade da voz são infinitos e minimalistas." ( Pedras de Água, Julia Varley )